sexta-feira, 8 de março de 2013

Os 365 dias das mulheres


Não sou muito fã de datas específicas intuindo reconhecimentos específicos. Exemplificarei no hoje: dia internacional da mulher; e farei algumas inferências acerca dessa temática. Muitos agressores de mulheres sentem-se apiedados por esse momento para reconhecer –mesmo que infimamente – o inefável valor que a mulher tem na sociedade. Essa lógica serve para qualquer data. Antítese e tese se enamoram, mas passam os outros 364 dias do ano separadas. Sem contar a relação promíscua das datas com uma lógica mercadológica. Sim, muitos dias de alguma coisa são remanejados a fim de “aquecer” a economia.

Outra coisa deveras intrigante é a ferrenha luta de parte do multiverso feminino na incessante busca de uma isonomia dos sexos. Por mais que eu faça exercícios diários na tentativa de me desvencilhar dos preconceitos diversos, de ideias preconcebidas, do “ranço” cultural, esse movimento sempre me deixa reflexivo: pra que diabos a busca pela isonomia se elas normalmente são superiores diante de um sexo tão frágil (os homens)? Vocês costumam (ou costumavam?) ser mais sensíveis (e essa é a maior de todas as inteligências), charmosas e corajosas do que nós. Sem mencionar que jamais existirá uma equidade. Vocês são mulheres - possuidoras de um aparato reprodutor bem mais desenvolvido que o nosso! - Pra ficar apenas em um exemplo biofisiológico. Nós somos homens! Seres que ainda se confundem todo na escala evolutiva (a volúpia epidêmica/promiscua é a prova inconteste!).

Mantendo meu ceticismo, considero o maior tiro no pé de suas digressões: uma agressiva tentativa de masculinização das suas condutas. Coisas que são tão (im) próprias do mundo dos homens: promiscuidade desmesurada, embriaguês desenfreada, reificação dos relacionamentos, têm sido abraçadas por um grande contingente feminino como forma de “rivalizar” com as condutas da “macharada”.

Como representante desse universo falho, fico na torcida para que optem por melhores formas de lidar com os efeitos advindos de cá. A isonomia é um retrocesso desnecessário! Ou seria uma maneira de apiedar-se dos fracos? Um estudo etnográfico? Vivendo como um homem?

Minha necessária reverência às mulheres. Hoje e sempre!       

Um comentário:

  1. Dadainho, fui presenteada cm essa boa leitura e me senti estigada a comentar.
    Nao sou feminista. Digo nao sou nao por nao concordar com o movimento, mas por n conhecer a fundo, n participar dos debates, por n ter na cabeceira nenhuma leitura sobre.o tema, n ter a carteirinha de socia de um "clube".
    Acredito que a igualdade buscada pelas mulheres (ai n so as feministas, mas as q querem ser livres) nao tem a ver tao somente com os verbos "masculinizar", "promiscuir", "embriagar", dentre outros, mas tambem em relacao a liberdade de assim agirem se quiserem sem o peso das rotulaçoes e os holofotes dos condenadores cliches q estao prontos para verbalizar um: isso he ridiculo para uma mulher, mas n bradam o mesmo coro para cm os homens qnd se embriagam, prostituem ou vivem como lhe der na telha.
    Acredito que a questao nem seria igualdade e concordo cm o q vc disse: n ha q se tratar de igualdade pois somos diferentes. Estou cm o jurista baiano Ruy Barbosa q diz q igualdade he tratar os desiguais na medida das suas desigualdades. Finalizando, eu, uma nao feminista, n desejo a igualdade. Eu, uma mulher, anseio pela liberdade sem julgamento condenatorio qnd a açao nao pede tanta crueldade.

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