domingo, 13 de maio de 2012

Um necessário pleonasmo

Hoje, pela manha, conversando contigo, mãe, proferi distraidamente: "não vejo tanta relevância no dia das mães, pra mim [...]" dona Liege interpelou rapidamente: "Acho importante sim! Um dia muito especial!" deu seguimento falando das coisas (diversas) que planejara fazer com minha estimada vozinha. Senti-me um pouco consternado, não queria passar uma impressão de descaso para com uma data que considerava tão relevante. É claro que você não teve a minima disposição de compreender o sentido metalinguístico do enunciado. Mas nem deveria! Afinal de contas estamos no dia das mães, certo?!  

Agora, através de um autorelato, tenho a disposição meus sentimentos e o veemente desejo de documenta-los.  Continuando onde fui interrompido hoje cedo ... você deveria ser alçada a categoria de pessoa mais relevante durante todos os dias do ano. Tanto é verdade que, quando se encontra próxima a mim e não consigo atender as suas demandas de uma maneira plena, sinto-me angustiado, faltante. Penso em ti com ternura, amor, reverencia, zelo, ... diariamente. Es uma Matrona de força maior. O sentido "mãe" transcende (e muito) a esfera da família nuclear. Preocupa-se com seus familiares. O sentimento de zelo materializa-se em ações que promovem bem estar generalizado. Uma abnegação que se enamora com um altruísmo louvável.  

Cada palavra produzida está imbuída de um profundo agradecimento. Infelizmente temos uma clara limitação, a da escrita. Precisaria de infindáveis neologismos para tentar reificar uma profusão de fenômenos inomináveis. Na certeza da impossibilidade de tal empreitada, resta-me o regozijo de um necessário pleonasmo. Obrigado por ser você, e nenhuma outra, a pessoa mais importante de minha vida. Amo-te!