tag:blogger.com,1999:blog-8661310015727730342024-03-20T20:46:51.714-07:00SimcomplexoDamon Andradehttp://www.blogger.com/profile/02928579650030777485noreply@blogger.comBlogger17125tag:blogger.com,1999:blog-866131001572773034.post-80486592849810791682014-01-01T14:04:00.002-08:002014-01-01T14:05:23.519-08:00The Help: Changes begins with a whisper. <div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Creio que nunca assisti uma obra
tão visceral quanto “The Help”, do diretor Tate Taylor. Por diversas vezes
senti aquele nó na garganta e os olhos empapados em lágrimas. Pouca coisa me
sensibiliza tanto quanto demonstrações espúrias do quão vil e subumano pode ser
a pequenez das pessoas, com gestos e ações segregadoras, diferenciando-nos pela
cor da pele. Estou falando do recorte de um cenário de cinco décadas atrás, mas
que – até hoje – manifesta-se das mais variadas formas. A trama se desenrola na
década de 60, focando no ponto de vista das cuidadoras afro americanas que
trabalhavam com famílias brancas; o ônus que carregavam pelo simples fato de
nascerem negras. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Às vezes evito assistir filmes
com altos teores reflexivos/imersivos devido a premente necessidade de
autoanálise. Quero apenas um momento de distração, alguns efeitos especiais
bonitos e coisas do gênero. Mas é vital, de tempos em tempos, entrar em contato
com o desconforto. Tal lembrança me remete ao texto do Theodor Adorno “Educação
após Auschwitz” e seu pedido para que jamais percamos de vista nosso potencial
destrutivo. É através desse árduo exercício, impingindo constrangimento, consternação,
revolta, etc. que condutas dotadas de empatia e alteridade possam surgir ou serem
fortalecidas. <o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Recomendo esse exercício de
humanização. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<img alt="The Help (2011)" src="http://ia.media-imdb.com/images/M/MV5BMTM5OTMyMjIxOV5BMl5BanBnXkFtZTcwNzU4MjIwNQ@@._V1_SX640_SY720_.jpg" /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="http://www.imdb.com/title/tt1454029/">http://www.imdb.com/title/tt1454029/</a><o:p></o:p></div>
Damon Andradehttp://www.blogger.com/profile/02928579650030777485noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-866131001572773034.post-50250513164920886252013-05-16T06:38:00.001-07:002013-05-16T06:39:07.541-07:00Tecnologia e idoneidade<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sou palmeirense, mas, acima de
tudo, sou ser humano. E o que vi, ontem, foi mais um daqueles tristes capítulos
em que a arbitragem exerce maior poder do que os principais protagonistas: os
jogadores. Esse poder fora completamente desbalanceado, a ponto de prejudicar
peremptoriamente apenas um time e a lisura do evento. Não marcou o pênalti na
jogada com o Emerson, consequentemente não expulsou o jogador do Boca Juniors,
já que ele tinha cartão amarelo e colocou propositadamente a mão na bola a fim
de mudar a trajetória da mesma, e, de quebra, ainda deu cartão amarelo ao jogador
do Corinthians, que reclamava com toda a justiça. Não contente, a arbitragem
marcou incorretamente um impedimento do Romarinho que, sem saber que estava
impedido (e não estava), deu continuidade a jogada marcando o gol. No segundo
tempo teve um lance absolutamente contestável: marcando falta no goleiro
argentino onde não vi nada, impedindo mais um gol dos brasileiros. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
As falhas foram tão acintosas que,
mais uma vez me pergunto se não vale a pena a utilização de tecnologia a fim de
trazermos maior idoneidade ao esporte. Algumas modalidades já abraçaram a tendência
(futebol americano, tênis, dentre muitos outros) e o que vimos é a
possibilidade de corrigirmos diversas injustiças que ocorrem na seara
esportiva. No tênis, por exemplo, existe o desafio intitulado de Hawk Eye,
presente nas principais competições. O tenista tem uma quantidade finita de
desafios, podendo utiliza-los toda vez que contestar a marcação do juiz (se ele
estiver correto, continua com o desafio). Isso, diferente da opinião de muitos
conservadores, trouxe até mais emoção ao evento, virando um espetáculo a parte,
contando com participação da torcida e tudo mais.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Esse papinho anacrônico que os erros “fazem parte do esporte” é deveras contestável. As regras são mutáveis, evoluíram ao
longo dos anos (impedimento, trajes, materiais, etc.). A tecnologia já
beneficia o esporte, ou ainda jogaríamos com bolas de couro que pesavam
toneladas. Não entrarei no mérito de quantificar – ao longo do tempo – quem foi
mais prejudicado ou beneficiado com os erros de arbitragem. Nem contestarei a honestidade
dos mesmos. Apenas saliento que desvaloriza o espetáculo e gera uma súbita
mudança de foco. Deixamos a discussão do futebol de lado e adentramos numa
esfera muito mais imbricada: a da moral.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Meu sentimento de consternação
aos corintianos, que não mereciam perder dessa forma. E meus parabéns ao apoio
demonstrado ao time após o ensejo. Mais de dez minutos após o encerramento da
partida cantando e reconhecendo o esforço dos jogadores. Foi
uma bela demonstração de carinho.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0W2uvipiLI5vwJy1OajpzoAgQRFbqjDEhyphenhyphenHXm-vaeraTuaFEWQyY7FLPXSreAn11HlLwmLB8fubi9c45u1ygEV6UeF4x8lJaI8BMgyw1d5gSDuz2nX8Odp0IPbw4EbvqzSelkMWxcwU0l/s1600/hawk-eye.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0W2uvipiLI5vwJy1OajpzoAgQRFbqjDEhyphenhyphenHXm-vaeraTuaFEWQyY7FLPXSreAn11HlLwmLB8fubi9c45u1ygEV6UeF4x8lJaI8BMgyw1d5gSDuz2nX8Odp0IPbw4EbvqzSelkMWxcwU0l/s1600/hawk-eye.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Damon Andradehttp://www.blogger.com/profile/02928579650030777485noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-866131001572773034.post-6193180734176365152013-05-14T06:15:00.000-07:002015-07-07T07:10:14.349-07:00O Eu e o Outro<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A última vez que escrevi aqui foi
no dia 8 de Março de 2013. Mantenho a filosofia que me motivara a criar esse
blog: apenas compartilhar algo quando sentir-me naturalmente mobilizado. Eis
que ocorrera um fato que merece menção pelo efusivo simbolismo propagado. Um
casal (namorados), amigos em comum de uma pessoa que muito estimo, veio de
Petrolina a fim de assistir o show do Arnaldo Antunes, em Vitória da Conquista.
Fiz questão de busca-los no aeroporto e leva-los ao hotel que fica na mesma
praça onde aconteceu o Festival da Juventude, ensejo capitaneado pela apresentação
do artista referido. Despedi-me deles sem a pronta certeza de que os
encontraria mais tarde no show. Mas depois que recebi algumas mensagens denotando empolgação com o evento, me animei e parti ao encontro do casal. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A praça estava lotada, mas não
foi difícil encontra-los. Nunca tinha assistido a um show do Arnaldo Antunes e
confesso que gostei bastante. Simpaticíssimo e atencioso com o público. O casal
– que estava um pouco à frente de mim – não deve ter achado que me diverti muito,
pois fiquei a maior parte do tempo parado, olhando para o palco. Conhecia
parcamente algumas músicas, mas nem dava pra balbuciar. Como estávamos bem à
frente do palco, minha pose de estatua contrastava com gritos, pulos e
xingamentos diversos dos fãs inveterados! <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A parte mais relevante da noite estava
por vir. Antes de tocar uma música, que não lembro o nome, Arnaldo dedicou-a a
um casal que estaria – naquele momento – propondo casamento. Para minha grata
surpresa eram eles! Ele estendeu a mão e agradeceu, ouvindo as felicitações do
público e do artista. Era uma surpresa dele a ela. Foi emocionante, senti uma
energia legal fluindo, tanto das pessoas que estavam no entorno e,
principalmente, deles. Beijaram-se apaixonados e codifiquei algumas mensagens
veladas nesse momento: a crença em algo mais relevante: um relacionamento
verdadeiro. A preocupação com as minucias, com o desejo de surpreender e fazer
o bem a outrem. A sutileza de mostrar que por mais que estejamos vivendo um
período de insensibilização sistemática, há demonstrações genuínas de amor e de
cumplicidade. Uma renúncia da liberdade que a "solteirice" lhe oferece, abraçando
outra espécie de liberdade. O sentir-se livre para amar e se desvencilhar das
amarras do egocentrismo. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Fui assolado por uma inveja e um
desejo pululava no meu imaginário: “também quero viver isso!”. Mas é o que muitos fazem, não é mesmo?
Angustiados com o desejo de “querer também” acabam artificializando sensações e
sentimentos. Casam e seis meses depois se indagam: “que diabos estamos fazendo
juntos?!”. Não sei qual é a conduta adequada para lidar com essa auto cobrança.
Mas sei que sentimentos ansiogênicos são aliados das futuras desventuras.
Talvez colocar como prioridade de vida a busca dessa pessoa seja o grande
problema. Negligenciam-se outras searas relevantes e alimentam-se da carência
do ser faltante. Fragiliza-se o corpo, o espírito e o que sobra é um ser carcomido,
faminto pelo eu amado. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E como lidar com esse tipo de
demanda? A resposta é simples: não faço a mínima ideia. Repudio toda e qualquer
formula mágica. A receita do sucesso. Somos complexos e variados demais para
seguir regras universais de fenômenos tão intrínsecos e idiossincráticos. Mas, independentemente
do caminho a seguir (e são infinitas as possibilidades), desconfio que seja importante
desenvolver duas virtudes basilares: empatia, capacidade de se colocar no lugar
do outro; e alteridade, a capacidade de reconhecer a diferença como fenômeno
legítimo. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Talvez o grande desafio seja o equilíbrio entre o olhar para si mesmo e o
reconhecimento do outro, não como elemento que lhe completará, apenas como um outro. <o:p></o:p><br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKOo86A1SIwJThcX8MI9zXX8wTnHjDcXDqt65_K2ZuZRqQaLHy_Iy64vjoStckKM-ZgZC5xX01R7QTW6pGn1cb_jNwETYVxp3_J0111uBhh6vM8McylBZc24ase_riCXezL6Eic3GwPCCU/s1600/o+eu+e+o+outro.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKOo86A1SIwJThcX8MI9zXX8wTnHjDcXDqt65_K2ZuZRqQaLHy_Iy64vjoStckKM-ZgZC5xX01R7QTW6pGn1cb_jNwETYVxp3_J0111uBhh6vM8McylBZc24ase_riCXezL6Eic3GwPCCU/s320/o+eu+e+o+outro.jpg" width="320" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://www.youtube.com/watch?v=VDz879eNKNA"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/VDz879eNKNA?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Damon Andradehttp://www.blogger.com/profile/02928579650030777485noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-866131001572773034.post-53990880111481463482013-03-08T14:55:00.000-08:002016-06-13T15:01:37.257-07:00Os 365 dias das mulheres<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Não sou muito fã
de datas específicas intuindo reconhecimentos específicos. Exemplificarei no hoje: dia internacional da mulher; e farei algumas inferências acerca dessa temática. Muitos agressores de mulheres
sentem-se apiedados por esse momento para reconhecer –mesmo que infimamente – o
inefável valor que a mulher tem na sociedade. Essa lógica serve para qualquer
data. Antítese e tese se enamoram, mas passam os outros 364 dias do ano
separadas. Sem contar a relação promíscua das datas com uma lógica
mercadológica. Sim, muitos dias de alguma coisa são remanejados a fim de “aquecer”
a economia. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Outra coisa
deveras intrigante é a ferrenha luta de parte do multiverso feminino na incessante busca de uma isonomia dos sexos. Por mais que eu faça exercícios diários na
tentativa de me desvencilhar dos preconceitos diversos, de ideias
preconcebidas, do “ranço” cultural, esse movimento sempre me deixa reflexivo: pra
que diabos a busca pela isonomia se elas normalmente são superiores diante de
um sexo tão frágil (os homens)? Vocês costumam (ou costumavam?) ser mais
sensíveis (e essa é a maior de todas as inteligências), charmosas e corajosas
do que nós. Sem mencionar que jamais existirá uma equidade. Vocês são mulheres
- possuidoras de um aparato reprodutor bem mais desenvolvido que o nosso! - Pra
ficar apenas em um exemplo biofisiológico. Nós somos homens! Seres que ainda se
confundem todo na escala evolutiva (a volúpia epidêmica/promiscua é a prova
inconteste!).</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Mantendo meu
ceticismo, considero o maior tiro no pé de suas digressões: uma
agressiva tentativa de masculinização das suas condutas. Coisas que são tão (im)
próprias do mundo dos homens: promiscuidade desmesurada, embriaguês
desenfreada, reificação dos relacionamentos, têm sido abraçadas por um grande
contingente feminino como forma de “rivalizar” com as condutas da “macharada”. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Como
representante desse universo falho, fico na torcida para que optem por melhores
formas de lidar com os efeitos advindos de cá. A isonomia é um retrocesso
desnecessário! Ou seria uma maneira de apiedar-se dos fracos? Um estudo
etnográfico? Vivendo como um homem? </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Minha necessária
reverência às mulheres. Hoje e sempre! </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<img src="http://images04.olx.com.br/ui/20/81/92/1337308545_379297992_2-Fotos-de--Quadro-Paisagem-Mulher-Cachoeira.jpg" /></div>
Damon Andradehttp://www.blogger.com/profile/02928579650030777485noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-866131001572773034.post-16205740187284878382013-02-19T20:12:00.000-08:002013-03-09T03:45:43.481-08:00Roleta Russa<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quando sou assolado por algo
deveras tortuoso como a morte de um ente próximo, ou próximo dos nossos
próximos, costumo pensar acerca da trivialidade da vida e do quão frágil somos
diante da mais poderosa certeza que nos cerca. A inquietação torna-se maior quando – involuntariamente – estamos
sobre o efeito de uma teleologia mórbida nos questionando quem será o próximo. Duas
coisas normalmente vêm à tona ao imergir nesses pensamentos: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">1 – Gostaria de ser o primeiro a perecer,
pois não precisaria passar pelo sofrimento de sentir parte de mim adentrando
numa dimensão desconhecida, sentir o aroma da morte cerceando meu mundo, meus
amigos;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">2 – Uma hierarquização dos que
poderão partir antes de mim, o porquê dessas constatações e a pronta certeza
que esse é um exercício prementemente inócuo;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Uma frase, certa vez, me
sensibilizou, convidando-me a pensar diferente. Atacava meu egoísmo de querer
ser o primeiro, da fuga de um necessário sofrimento. A frase dizia que o amor
verdadeiro era aquele que andava de mãos dadas com a abnegação, permitindo a
partida de todos, deixando-te como o responsável à apagar as luzes. A
justificativa tornavam as coisas ainda mais simples: antes eu passando por
todas essas dores do que eles. Os demais não precisariam passar pelo tortuoso
cotidiano da falta, da saudade excruciante...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Senti-me estimulado a flertar com
essas reflexões após ter sido vítima – mais uma vez! - de uma tentativa de
assalto quando retornava a Vitoria da Conquista. Quatro homens em duas motos
surgiram de uma estrada secundária e tentaram incessantemente fazer com que eu
parasse o carro. Depois que vi o semblante de um dos assaltantes da moto que se
encontrava a minha frente, tive a pronta certeza de que faria qualquer coisa,
menos ceder à pressão dos mesmos. A frieza no olhar daquele homem foi o
suficiente para fazer com que eu utilizasse toda pericia automobilística
aprendida a fim de subir os seis quilômetros da serra do marçal – que é
extremamente sinuosa e perigosa – a mais de 100 km/h. Algumas vezes abaixava a
cabeça com receio de ser alvejado por algum projetil. Ao final da serra, já
havia colocado boa distância dos perseguidores, parei no posto da polícia
rodoviária federal e informei do ocorrido. O profissionalismo dos policiais me
chamou atenção: “Por que você não passou por cima deles?!” inquirira uma
policial exaltada; seu parceiro, que me olhava com aparência de que tomaria uma
medida mais producente, simplesmente continuo a me olhar sem balbuciar um som que
fosse. Ouvi comentários de algumas pessoas que estavam sentadas próximas à
guarita exaltando a fuga e resolvi concluir a viagem. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ciclicamente sou alvo de investidas indigestas como a que
acabei de ilustrar. O que me convida a pensar num desfecho traumático para essa
vida ansiosa de novas conquistas e realizações. Mas prefiro direcionar atentar para as coisas que estão na minha esfera de poder e acreditar
levianamente no comentário gracejado de um amigo “[...] os caras devem achar
que você é um turista japonês indefeso...”.<span style="line-height: 150%;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirIScLcwAr9wo50qAGoSTF5uCnKDsR-DLD1RslMwNvHinLK7bdYSB9LAXNr9h3aZah84hEs35HuHrtD6VxmmQcwj0sjWSaLnjSKv55jDRRvOV_es2fBwHDiwTiFB8NsY_GvK35LDCongoa/s1600/ocaso.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirIScLcwAr9wo50qAGoSTF5uCnKDsR-DLD1RslMwNvHinLK7bdYSB9LAXNr9h3aZah84hEs35HuHrtD6VxmmQcwj0sjWSaLnjSKv55jDRRvOV_es2fBwHDiwTiFB8NsY_GvK35LDCongoa/s320/ocaso.jpg" width="320" /></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-size: 13.5pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<br />Damon Andradehttp://www.blogger.com/profile/02928579650030777485noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-866131001572773034.post-9325254963881363392012-09-25T06:55:00.001-07:002012-09-25T14:57:38.069-07:00A Escolástica da Hodiernidade<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Há tempos não
escrevo algo. Confesso que deve-se a uma simples e inconteste negligência. Sou um crítico
ferrenho de toda e qualquer justificativa em que subjaz a célebre frase: “Não
tenho tempo”. Somos adaptáveis demais para acreditarmos em justificativa tão
pífia. Normalmente os que menos – nesta lógica contestável - têm tempo, são os
que menos atribuem ao mesmo algum tipo de responsabilidade. De vilão a aliado.
Por gozarem de muitas atribuições, conseguem valorizá-lo de maneira deveras
salutar, aproveitando cada momento de maneira muito mais intensa e prazerosa do
que aqueles que ficam sobre o efeito da falta de alguma coisa. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Esta
justificativa de escassez de tempo torna-se de uma incontestável periculosidade
quando constatamos, cada vez mais, o distanciamento dos pais para com seus
filhos. A grande força motivadora desse post refere-se a uma cena que presenciara quando
adentrei numa escola particular de ensino fundamental a fim de conversar com
uma turma de oitavo ano; a temática referia-se aos complicados processos de
escolha; conversaria também sobre o curso de Psicologia: exemplos de atuações e
desafios vindouros. A instituição apresenta um projeto pedagógico atrelado a
valores que prezam o desenvolvimento moral, espiritual e intelectual. Na própria
escola, há a moradia de algumas freiras. E uma, em especial, faz questão de –
todos os dias – recepcionar, no portão de entrada, todas as pessoas
que cruzam o seu caminho. Depois de receber um abraço afetuoso da mesma,
presenciei uma criança entrando atabalhoadamente, esbarrando-se na freira,
evitando seus comprimentos e adentrando rapidamente na escola. Percebi um olhar
de consternação da simpática senhora acompanhando o afastamento da criança. Uma conjectura sobre o que poderia estar passando pela sua cabeça emergiu: “Proteja
essa alma, Deus. Pois ela precisará muito de seu apoio!”. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Uma semana antes
visitei a escola a fim de tentar (ênfase no “tentar”) conversar com a turma –
considerada por todos os professores e coordenadores – mais irascível,
temperamental e desrespeitosa da instituição. De fato, devo ter apresentado 5 %
do que gostaria. Mais relevante do que apresentar o que havia planejado foi a
oportunidade de observa-los de maneira bem natural. Assim que as duas turmas de
quinto ano chegaram, uma garotinha que sentara bem próximo a mim comentou: “Desculpa,
mas você não conseguirá apresentar”. Questionada, não titubeou: “Porque somos
muito bagunceiros! De qualquer forma, boa sorte!”. Dentre as observações de algumas coisas
importantes, a mais relevante referia-se a algumas falas consoantes acerca
da distância dos pais no dia a dia dos pimpolhos. “Vejo muito pouco meus pais”;
“eles não têm muita paciência”, "Meus pais não tem tempo pra mim". Após
duas repreensões dos professores e diversos pedidos de desculpas, estampando um profundo constrangimento devido aos comportamentos de seus alunos, conversava
com a diretora e ela relatara a difícil missão da instituição devido a grande negligência de muitos pais, absolutamente
ausentes no processo de ensino aprendizagem. A escola encontra-se sobrecarregada, exercendo função de pai, mãe e de instituição de ensino. "A relação dos pais com a instituição se resume ao boletim. Se tiver alguma nota vermelha, eles se manifestam. Caso não tenha, eles nem aparecem na instituição". Uma relação complexa e rica resume-se a um apanhando de notas. Reflexo de uma sociedade narcisista que superestima o desempenho técnico em detrimento das relações humanas. A boa convivência entre os semelhantes pode ser relegada a segundo plano desde que o filho seja "O" melhor. </div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;">Quando tentava apresentar e fui impedido devido as conversas incessantes, não fiquei irritado. Passou um filme pela minha cabeça e recordei de como Salvador anda mal tratada; em muitos sentidos: político, relações interpessoais, etc. Pessoas intolerantes e imediatistas, relações tão desrespeitosas que um simples gesto de gentileza torna-se um verdadeiro oásis num deserto de intolerância e ensimesmamento. Quando olhei para as crianças, as mesmas que senti uma profunda empatia, cheguei a triste suposição de que elas serão a representação de tudo que acabara de pensar. A manutenção de uma sociedade intolerante, que não consegue pensar e se organizar de maneira coletiva, nem quando o resultado implica em </span><span style="line-height: 24px;">benesses</span><span style="line-height: 150%;"> generalizadas. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 24px;">Voltando a cena da criança e da freira, nunca tive tanta vontade de ter um filho como depois do que presenciara. Num breve exercício teleológico, acredito piamente que meu filho desejaria bom dia a simpática senhora que lhe acolhera. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 24px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 24px;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEib7Yf-KVVWLnA5T-rMJEc5wfB0EjluAKTXDCyUgDFuasq0Btbv02Y9VJWpigEITDg5LaBUKq1Q7b4qKyyjJ2nDR7zBJajpPnh5JfvN-OWcDExO4Nki3spMwmAtKRmTRnic_hseZ04Qz7hw/s1600/tempo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEib7Yf-KVVWLnA5T-rMJEc5wfB0EjluAKTXDCyUgDFuasq0Btbv02Y9VJWpigEITDg5LaBUKq1Q7b4qKyyjJ2nDR7zBJajpPnh5JfvN-OWcDExO4Nki3spMwmAtKRmTRnic_hseZ04Qz7hw/s1600/tempo.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 24px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
Damon Andradehttp://www.blogger.com/profile/02928579650030777485noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-866131001572773034.post-73689522647208215922012-07-14T08:22:00.000-07:002013-05-28T05:36:03.878-07:00Jin Jang<br />
<div style="text-align: justify;">
Itapetinga, 14 de Julho, 11:09 da manhã. Mesmo completando 10 dias de desconfortantes dores na coluna, acordei com um profundo bom humor! Olha que fui tolhido de minha paixão suprema em se tratando de atividades esportivas, tênis. Fica pra próxima! </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Dentro de algumas horas adentrarei numa fenda dimensional e rumarei ao desconhecido. Uma minúscula cidade denominada Encruzilhada que ninguém sabe explicar o que devo fazer para encontra-la. Fora que “não desenvolveram esta tecnologia ainda...” não há ônibus! Tudo para reconhecer, estimular, prestar solidariedade a um grande amigo que tornara-se gerente do banco do brasil desse desconhecido local. Amigos, sem vocês não seria nem sombra do que sou. Ou seria a sombra? Com certeza seria uma representação menos virtuosa, mais alienada, quiçá um mero replicador do modus operandi hodierno, aquele da fuga, do não sentir. Ou uma incomensurável senso percepção culminando assim numa excruciante insensibilidade! </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Estou aqui hoje para exercer um insólito desejo de prospectar palavras, sentimentos e sensações de maneira, muitas vezes, desarticulada, um <i>brainstorm</i> que representa parte do que vivi nessas férias. Essas possuem um gosto diferente das demais. Uma necessária preparação espiritual para lidar com a maior decisão de minha vida pós-formatura. Enquanto não sei qual rumo tomarei, apresento – ulteriormente - uma digressão inspirada numa ótima conversa que tive com uma bela mulher que clama por uma necessária homeostase depois de findado um longevo relacionamento.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><i>Absolutamente normal passar por uma avassaladora crise de abstinência. Você amadureceu como mulher se relacionando de maneira estável. Se adaptar é difícil demais! Principalmente quando se depara com um "mar de insensibilidade". A despreocupação consigo mesma e com os sentimentos de outrem beiraria a barbárie.</i></span></div>
<i><br /></i>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white;"><i>Mesmo tendo, guardada no meu coração, a sensação de estar namorando, de participar de um projeto que transcende a esfera do indivíduo, não consegui - ainda - me relacionar com alguma mulher que me sensibilizou a tal ponto.</i></span></div>
<span style="font-size: x-small;">
</span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Depois viera a constatação ululante. Ela, mesmo fragilizada, estimulava experiências que permitisse um contundente contato com a tristeza, com o sofrimento que passara diante da estranheza de não ter um referencial afetivo efetivo (com o perdão da eufonia!)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Que bom, sabia?! Vivemos numa sociedade assolapada por um imediatismo alienante. As pessoas não querem lidar com sofrimento, luto, tristeza... por isso que os relacionamentos estão cada vez mais fugazes. O medo de se deparar com uma frustração/decepção tem impedido o experiencialismo. E o que você está fazendo, ao ouvir músicas que remetem a essa sensação, é justamente respeitando e entrando em contato direto com o sofrimento. A adversidade é a antítese do aprimoramento. Você evolui como ser humano à medida que alterna entre momentos de euforia e disforia. Momentos tristes são importantes para reconhecer a felicidade, o êxtase. Sem isso nossa vida se tornará pasteurizada, estéril e sem graça!</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não pude deixar de me solidarizar com os relatos e tratei de me aprochegar no âmbito da incompletude. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Algumas vezes sou surpreendido por uma profunda sensação de prostração, resignação. Uma tristeza contagiante. Quando identifico esses estados, trato de respeita-los. Fico em casa curtindo minha fossa, vendo um filme “mamão com açúcar”, ou algo do gênero. Sei que ela, da mesma forma que chegou, saíra se a relevância dada for na medida certa.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Não tento artificializar um comportamento. Sair pra balada e pegar todo mundo como uma maneira de enfatuação de ego não me parece – normalmente – uma boa opção. Isso faz com que nos distanciemos de nós mesmos. Nada contra quem curte baladas e pegações! Desde que essas pessoas saibam, também, respeitar a si próprias e a quem - por ventura - estiver envolvida.</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
Faz parte de um projeto de vida que resolvi abraçar: estimular amigos queridos e benquistos (É, estou bem eufônico hoje!) a lidar com seus próprios fantasmas. Não apenas eles, mas especialmente eles. Vivemos numa sociedade que clama pela extirpação do que considero a força motriz do desenvolvimento humano. É natural nos depararmos com propagandas (nos mais variados meios) que vituperam nosso bom senso, convidando-nos – cada vez mais – ao não sentir. O luto, a tristeza, a falta de atenção (momentânea e circunstancial), a introversão, a extroversão são considerados vilões e passíveis de repreensão num contexto sócio cultural que clama pela homogeneidade (alienação). E tal movimento (nefasto) é metonimicamente representado vide um medicamento: um psicofármaco, por exemplo. Uma pretensa pílula que traz em si a arrogância de uma sociedade que se desvencilha da salutar dialética inerente ao ser humano. Tornamo-nos viciados do prazer, do regozijo e repelimos peremptoriamente o dissabor. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Relacionamentos sérios? Não, obrigado! Cedo ou tarde sofrerei! </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Meu ente querido morreu há dois meses e ainda estou triste. Isso não é normal! (não?!)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Para que meu post não assuma proporções bíblicas, terminarei com uma reflexão. Uma sociedade viciada nas boas sensações não estaria entrando num ominoso processo de insensibilidade? O prazer e desprazer não existem dissociados. Prefiro acreditar que são como partículas de um mesmo elemento. Identificamos as boas sensações porque nos é apresentado à contramedida. Perdendo o contra referencial, não estaríamos entrando num periculoso momento de convite à barbárie e a amorfização do sujeito? </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh32iHLWJu3Kr2uib74sQEpBHpyQSyCf4YLmuSo1rEc3G5qcJeAhWbc1787AWB6QwkeVS4Ihk6I9czfOTdod9dWMuaGEm2gnxyLcnGdRGJVCLTQJZ9VG1D7Ts0wP4hcJP2PPMrJ73vZrnfU/s1600/eye_ying_yang.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="261" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh32iHLWJu3Kr2uib74sQEpBHpyQSyCf4YLmuSo1rEc3G5qcJeAhWbc1787AWB6QwkeVS4Ihk6I9czfOTdod9dWMuaGEm2gnxyLcnGdRGJVCLTQJZ9VG1D7Ts0wP4hcJP2PPMrJ73vZrnfU/s400/eye_ying_yang.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div>
<br /></div>
Damon Andradehttp://www.blogger.com/profile/02928579650030777485noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-866131001572773034.post-90948600256485082022012-06-12T18:44:00.000-07:002013-03-09T03:53:19.375-08:00Midsommarafton “De seu Valentim”<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">São João é o período do ano que mais me proporciona sensações positivas. Uma súbita excitação percorre todos os meandros do meu corpo. Me remete - de maneira saudosista - ao estimado interior, especificamente o sudoeste baiano. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Muitas coisas me agradam! O período do ano, início do inverno, o aconchegante frio que assola as madrugadas açoitadas por imperativas sinestesias: neblina, cheiro de pólvora, o vapor do milho verde, o exalante odor revigorante do quentão... </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É, também, o momento de sentir-me fragilizado com a falta do outro. Sinto-me um romântico solitário exposto a falta de seu objeto de reverência. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quando criança estourava bombinhas e escutava comentários lacônicos do meu velho: "Literalmente queimando dinheiro!". A festa no clube então?! Era a cereja do bolo. O tradicionalíssimo Coroas Country Club, testemunha longeva de muito forró e diversão. </span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Que venham os festivos juninos!</span> <br />
<span style="color: #20124d;"><br /></span>
<span style="color: #20124d;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><b>Elegância nas vestimentas</b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><b>Beleza em profusão </b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><b>Frio </b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><b>indelével desejo de estar próximo </b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><b>Enamorar-se </b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><b>Aconchego gostoso no outro </b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><b>Peremptório romantismo </b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><b>Magnânimo desejo do bem </b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><b>Aflora a falta de um amante</b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><b>Potencializa as carências </b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><b>Fragiliza o corpo</b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><b>Estar só </b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><b>Imerso na irrefragabilidade do desejo </b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><b>A carne </b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><b>Efêmeros</b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><b>Muitos outros </b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><b>imposta solidão</b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><b>Ônus de não ser ninguém</b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><b>Sem par</b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><b>Um pária</b></span></div>
<br />
<br />
<img height="451" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh00NrPDpyckkqSbh36vu74I8aQJqjltNbcJZ6OZkpekl9flftLSSO3O09ngQWn0ZlPIYDRBwpawCgdLhOhQVfnGblnMiyWasz3UWOBhe98yp1LNCRQVvNzbBRP4Dk4HppuERuNtGuiEB5Q/s640/poesia+de+sao+joao.jpg" width="640" />Damon Andradehttp://www.blogger.com/profile/02928579650030777485noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-866131001572773034.post-53801772162285571472012-06-05T09:38:00.002-07:002013-03-09T03:56:11.715-08:00A supressão da obviedade ululante<span style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px; text-align: left;">Normalmente sou a antítese desse vídeo. Seria esse o motivo de, esporadicamente, ser assolado por uma crise de inadaptabilidade? </span><br />
<div>
<span style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px; text-align: left;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/zUe3sbtqI2Q?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div>
<span style="background-color: white; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 11px; line-height: 14px; text-align: left;"><br /></span></div>
<div>
<span style="background-color: white; text-align: left;"><span style="font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif;"><span style="font-size: 11px; line-height: 14px;">Estariam as pessoas preparadas, diante do ensimesmamento reinante, para lidar com a sinceridade, com o reconhecimento, ou um genuíno afeto? </span></span></span></div>
Damon Andradehttp://www.blogger.com/profile/02928579650030777485noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-866131001572773034.post-56335942924395084462012-06-01T06:12:00.001-07:002013-03-09T03:58:32.847-08:00Filosofia do Cotidiano<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Já me motivei a
escrever no blog de maneiras distintas. Seja a fim de prestar um
reconhecimento, um reverenciamento; seja para denunciar algo ou para
externalizar minhas lamurias. É a primeira vez que me sinto incitado a escrever
vide um sangramento consubstanciado de um ardor persistente. Isso não é uma
metáfora! <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Engraçado
constatar que há um padrão quando as coisas arrolam a desandar. Assim que
coloquei o pé pra fora do carro, na orla da Pituba, a chuva fez questão de me
desejar seu “bom dia!” sinalizando que me acompanharia nos próximos 45 minutos
de corrida. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Não costumo ser
competitivo. Apesar de brioso, é difícil, hoje em dia, me aperceber comparando
padrões comportamentais à outrem, muito menos mensura-los. Mas algo se
transforma quando estou correndo. Algo me impele a – toda vez que alguém passa
por mim num ritmo mais forte – acelerar o passo, uma autoprova a fim de gerar
um saciar da incólume necessidade de competir e vencer (?). Estranho conjecturar
isso.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br />
Enfim, como “não
há nada tão ruim que não possa ser piorado”, eis que surge um sujeito num ritmo mais acelerado me passando discretamente. Em períodos pregressos,
daria um jeito de passa-lo e regozijar-me-ia diante da “conquista”. Mas pelo
segundo dia consecutivo tentei fazer algo diferente: “Posso acompanhar seu
ritmo?”. Em ambas às vezes a reação dos corredores foi positiva e a corrida se
desenvolveu tranquilamente. Gostei dessa relação cooperativa. Mesmo vivendo no
ápice do ensimesmamento, constatei que ainda há solidariedade nessa selva de
pedras! Mas nessa ultima teve um tempero
especial. Meu atual parceiro estava treinando para a meia maratona e estava
correndo cerca de 11 kms (!!!). Eu, claro, resolvi acompanha-lo. Divertido
observar seu pragmatismo: dois relógios, um medindo nossa velocidade média: “11,7
kms por hora !!!” , o outro cronometrando o tempo e suas incessantes olhadelas para os
mesmos. Acho que ele despendia mais energia nesse ritual do que na corrida em
si.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
A Nike, maior
empresa do ramo de material esportivo, orgulhosa dos seus tênis super high tech
me produz um <i>“running shoes”</i> que
escorrega mais do que quiabo. Quando estou com ele calçado dentro de casa,
sinto-me numa pista de gelo! Chega a ser ridículo despender dolorosos R$ 200,00
(“Preço super promocional!”) num tênis que não consegue proporcionar o básico,
sustentação...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Estávamos
fazendo a volta para finalizar a maior parte do percurso (eu, ele e meu tênis-algoz)
e eis que um corpo, precisamente o joelho e a mão direitas, se estatela no
chão. Na verdade o ensejo foi temperado com requintes de crueldade. O piso é
aquele concreto, repleto de pedrinhas pontiagudas, sadicamente dispostas,
aguardando ansiosamente para saciar-se e fatiar partes dos frágeis corpos
infortunados. Eu, claro! Continuei a correr e com uma risadinha de quem acabou
de se ferrar comentei em voz alta para as mulheres que passavam: “Cuidado! O
piso está escorregadio!”. Correndo com o joelho sangrando e atraindo olhares de
consternação. Depois de mais alguns tortuosos minutos despedi-me do meu
parceiro que, solidário, pediu que eu cuidasse do ferimento.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
Encerro esse
relato recordando-me de uma divertida e determinística frase que um amigo e
filosofo do cotidiano costuma utilizar: “Prego nasceu pra ser martelado!”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipdkd5tbcK-9V5z7INleD1tfCREWleZ-talQI1op-YUv72eP4LTZznWoiEQeFjnI2d847-l5T33Itiv8qXL_IVlRgDQruBJWdv8pD-_CiQtcdX52gO3aLN6J9qlolQ0L4YxMgybDZ57xvQ/s1600/IMG_0372.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipdkd5tbcK-9V5z7INleD1tfCREWleZ-talQI1op-YUv72eP4LTZznWoiEQeFjnI2d847-l5T33Itiv8qXL_IVlRgDQruBJWdv8pD-_CiQtcdX52gO3aLN6J9qlolQ0L4YxMgybDZ57xvQ/s320/IMG_0372.JPG" width="240" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Making Off da sessão fotografia: </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXgEDsp0wtyK63RA0o2ibKe5sqeyfUHYU6LjupKaOGLZXFvAWo-1Go4CTxVxz1ROeM0oNu8B96p5H0PyW1a2hy2C9F0odqAk0n1PuxlHJpqNhXksj-8ZBRFdgVpmEdcV-xbQSxWQoHingp/s1600/IMG_0368.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXgEDsp0wtyK63RA0o2ibKe5sqeyfUHYU6LjupKaOGLZXFvAWo-1Go4CTxVxz1ROeM0oNu8B96p5H0PyW1a2hy2C9F0odqAk0n1PuxlHJpqNhXksj-8ZBRFdgVpmEdcV-xbQSxWQoHingp/s320/IMG_0368.JPG" width="240" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
Lica, Papagaio de Pirata!</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
Damon Andradehttp://www.blogger.com/profile/02928579650030777485noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-866131001572773034.post-999964644024277482012-05-13T15:54:00.000-07:002015-03-24T12:44:43.110-07:00Um necessário pleonasmo<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Hoje, pela manha, conversando contigo, mãe, proferi distraidamente: "não vejo tanta relevância no dia das mães, pra mim [...]" dona Liege interpelou rapidamente: "Acho importante sim! Um dia muito especial!" deu seguimento falando das coisas (diversas) que planejara fazer com minha estimada vozinha. Senti-me um pouco consternado, não queria passar uma impressão de descaso para com uma data que considerava tão relevante. É claro que você não teve a minima disposição de compreender o sentido metalinguístico do enunciado. Mas nem deveria! Afinal de contas estamos no dia das mães, certo?! </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Agora, através de um autorelato, tenho a disposição meus sentimentos e o veemente desejo de documenta-los. Continuando onde fui interrompido hoje cedo ... você deveria ser alçada a categoria de pessoa mais relevante durante todos os dias do ano. Tanto é verdade que, quando se encontra próxima a mim e não consigo atender as suas demandas de uma maneira plena, sinto-me angustiado, faltante. Penso em ti com ternura, amor, reverencia, zelo, ... diariamente. Es uma Matrona de força maior. O sentido "mãe" transcende (e muito) a esfera da família nuclear. Preocupa-se com seus familiares. O sentimento de zelo materializa-se em ações que promovem bem estar generalizado. Uma abnegação que se enamora com um altruísmo louvável. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Cada palavra produzida está imbuída de um profundo agradecimento. Infelizmente temos uma clara limitação, a da escrita. Precisaria de infindáveis neologismos para tentar reificar uma profusão de fenômenos inomináveis. Na certeza da impossibilidade de tal empreitada, resta-me o regozijo de um necessário pleonasmo. Obrigado por ser você, e nenhuma outra, a pessoa mais importante de minha vida. Amo-te! </span> </div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgath3xqI-AlXmh_JZ6wSW-JGpUrXyzbsQU-CCCVgz4oTz6Gc979zaJogliXw6Wy0_7_y7SXC_HPC0e-BWYMFhZySrFD6uiH4Yy5pFCKkXMcjxJ9qxZGtQrndsLchDCd5IZsWNDOGxLsn9W/s1600/mae22222222222222222222222222.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgath3xqI-AlXmh_JZ6wSW-JGpUrXyzbsQU-CCCVgz4oTz6Gc979zaJogliXw6Wy0_7_y7SXC_HPC0e-BWYMFhZySrFD6uiH4Yy5pFCKkXMcjxJ9qxZGtQrndsLchDCd5IZsWNDOGxLsn9W/s320/mae22222222222222222222222222.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
Damon Andradehttp://www.blogger.com/profile/02928579650030777485noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-866131001572773034.post-56956234425775228242012-04-13T20:01:00.002-07:002012-06-01T12:54:07.644-07:00Aforismo<div style="text-align: justify;">
Último ano do curso de Psicologia. Hoje, 13 de Abril de 2012, a professora me convidou (e os demais colegas) a criar um aforismo (preceito expresso em forma de sentença breve). Provavelmente me omitiria caso não fosse estimulado pela docente e pelos colegas. Já passavam das 22 horas e a sala estava vazia. Alentou os eventuais comentários, muitas vezes derrisórios a respeito de minhas produções textuais. Creio que muitos associam minha parca erudição a um sentimento de enfatuação. É um caminho possível, mas minha vaidade vem drasticamente diminuindo ao longo do tempo. Não daria esse (de) mérito a ela. Confesso-lhes que sou escravo de meu próprio formalismo literário. Até em conversas informais, seja nas redes sociais, seja através de uma mensagem do celular, ou qualquer situação que eu seja impelido a produzir textualmente, a famigerada e internalizada necessidade de utilizar palavras não muito usuais vem à tona. Antes acreditava piamente que era uma estratégia impressionista, uma maneira pomposa de externalizar um diferencial. Depois percebi claramente que era algo que transcendia a esfera do enamoramento, mesmo porque tenho fortes desconfianças que muitas mulheres se distanciaram temendo que eu fosse um homem que se escondia atrás de um complexo linguajar. Clarificando, um homem portentoso no âmbito do desenhar das palavras, porém muito aquém em se tratando das necessárias manifestações físicas, presenciais. Algumas mulheres me tolheram da possibilidade de um encontro, um <i>tet a tet</i>, através do preconceito de linguagem! É interessante ressaltar, já que esse é a antítese do desprovido. Descobri que o excesso suscita peremptoriedade, pode ser tão limitador quanto à limitação da escrita. Muitas vezes tentei me adaptar, na ânsia de aumentar minhas chances no cortejo. Mas soou cômico demais, pra não dizer estabanado. Senti desconforto e inadaptabilidade. O que fatalmente me gerou algum tipo de crise, um ensimesmamento. A tentativa obsedante de, através das palavras, externalizar, esmiuçar sentimentos e desejos, culminou num ominoso paroxismo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>A misantropia do homem é reflexo do seu ensimesmamento</i></b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><br />
</i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Voltei ao romantismo do: “Se tiver de ser, terá que ser com todo o pacote de (im) perfeições que possuo”. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Agir de maneira impulsiva me transformou num ser amorfo, destoante de mim mesmo; tolhido de minhas próprias idiossincrasias.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>A impulsividade é o incendioso catalisador dos incomensuráveis<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><br />
</i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Para atenuar tamanha confusão, tive a hombridade de reconhecer que preciso lidar com minha incapacidade de ser alguém que não gostaria de ser! Não consigo e não devo mitigar um desconforto tentando criar um alter ego que destoa sensivelmente de meus referenciais. O saudosismo de uma ensandecida paixão pode ser considerado uma intensa e prazerosa lembrança de um tempo que passou. E por que não acreditar num ressurgimento do mesmo? <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i>A mitigação do sofrimento é a antítese da paixão ébria<o:p></o:p></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><i><br />
</i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Esse post é graças a uma colega que, na saída da faculdade brincou: “Acho que às vezes você utiliza esses nomes pomposos apenas como uma forma de engodo”. Voltei pra casa com essa “provocação” em mente. Os aforismos criados são esses em negrito e itálico. Lembrei-me do bom velhinho Freud e de seus ensinamentos a respeito da associação livre e tentei encontrar, nessa cabeça repleta de elucubrações, uma explicação para a criação dos mesmos. Se não for essa, talvez seja mais uma forma de engodo, um auto-engodo! <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6h-ORw9Ab5Q5AZz9-KtxxM-nIYbgsVbz3fPPCGOacwymEY1ewZNI80E8zsbJWabf83gD8oMih2tx8p5562KQ02yc4UOE5jHyjUS2u6aq4TXQ8gEgnvZe4WTJuxKYrg04ejBiZEmqEY8mw/s1600/Formal.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6h-ORw9Ab5Q5AZz9-KtxxM-nIYbgsVbz3fPPCGOacwymEY1ewZNI80E8zsbJWabf83gD8oMih2tx8p5562KQ02yc4UOE5jHyjUS2u6aq4TXQ8gEgnvZe4WTJuxKYrg04ejBiZEmqEY8mw/s320/Formal.jpg" width="230" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>Damon Andradehttp://www.blogger.com/profile/02928579650030777485noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-866131001572773034.post-42888692695025106682012-04-02T12:24:00.002-07:002013-03-09T03:59:49.933-08:00Roger Waters - The Wall<div class="MsoNormal" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ainda sinto o frenesi de umas das experiências mais fenomenais que tive o prazer de experienciar. Estou cansado, quase não dormi de ontem pra hoje, mas inebriado. Não farei um comentário técnico/descritivo, mesmo porque, confesso-lhes, muito do que ouvi a respeito já havia trafegado do consciente para o inconsciente: as letras, a ordem das músicas, as frases de efeito, os detalhes sórdidos. Pensei até em aprimorar meu conhecimento, pesquisar mais a respeito, assistir ao filme novamente para ai sim produzir algo, mas logo percebi que cometeria uma heresia. O que eu vi ontem no estádio do Morumbi, das 19:45 as 22:00, transcende a alcunha “show”, “espetáculo”, “apresentação” e clama por um relato imediato e passional. Os momentos que antecederam ao evento deu pra ter uma ideia de que algo ímpar aconteceria. Pessoas educadas, empolgadas e um clima ameno formavam um ótimo ambiente para o que estava por vir.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Nada mais justo do que expor esse momento da maneira mais impressionista possível. Roger Waters e The Wall são indissociáveis. Um daqueles mágicos momentos em que há perfeita simbiose entre criador e criatura. A qualidade do som, os efeitos especiais, a magnifica produção do muro, o fantoche do professor e os diversos outros elementos são utilizados de maneira sublime, faz-nos imergir num mundo psicodelicamente critico e político. Impressionante saber que uma produção do final da década de 70 adquiriu o imperativo status de anacrônico, de maneira incontestável e de charmosa singularidade. Foi emocionante do inicio ao fim. O intervalo de 15 minutos (entre a primeira e a segunda parte) não quebrou o clima de imersão, na verdade foi providencial! Uma parada no banheiro fez-se mais do que necessária e angustiava o simples pensamento de perder parte do ensejo. Há de mencionar a maneira afetuosa e reverenciosa que Waters tratou os brasileiros: seja homenageando Jean Charles (brasileiro morto na Inglaterra), seja utilizando frases e expressões em português, com a tradução de um trecho emblemático: “Mãe, devo confiar no governo?” e a peremptória resposta: “nem fodendo!”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Alcei o que vi a uma categoria que transcende a uma apresentação artística, não seria justo comparar com os que virão. Encerro minhas impressões recomendando veementemente aos que puderem, que se permitam passar pela experiência que passei: visceral, insurrecional, incitadora de lutas e resistências a uma sociedade assolapada por uma alienação reificante. Ontem foi a prova cabal do quão enriquecedor pode ser uma experiência audiovisual. Faz-nos lembrar que a criatividade e a criticidade são ferramentas capazes de mudar nossos mundos, mesmo que seja aquele da fantasia, do entorpecimento, do momentâneo.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); text-align: justify;">
<img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLNh4G8s4EC8Y_a2w3up15zBBAQoarUXWYxdRcQ-ZJcP2cOUbPh2FBJFXM4aBP-bCFY7x1RyW4qYHtknh8j-ZcFzglB6OLHoR3d_BOIYeSur-PYWC4sxWPAJwXKffoAr0VBC31wbci6GYn/s1600/000_principal.jpg" /> </div>
Damon Andradehttp://www.blogger.com/profile/02928579650030777485noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-866131001572773034.post-37343220085485717332012-02-03T14:00:00.000-08:002013-03-09T03:55:03.161-08:00Laissez faire, laissez aller, laissez passer...<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Gosto dessa expressão em latim. Na verdade virou moda, né? Segundo post que coloco uma expressão utilizando uma lingua morta. Talvez eu seja um pouco mórbido mesmo! rs</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ela quer dizer "deixai fazer, deixai ir, deixai passar...". Perfeita consonância com a experiência que compartilharei aqui:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>Salvador, 03 de Fevereiro de 2012</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Num final de tarde soteropolitana, constando 30 º no relógio em frente ao farol da barra, caminho com relativa dificuldade. É notório meu mal humor e semblante de preocupação. Há cerca de um mês, torci o tornozelo jogando futsal na quadra do Savina (colégio tradicional de Itapetinga) e desde então fui impedido de realizar minhas atividades físicas rotineiras (e prazerosas). Dei um pique até o porto, mas na volta resolvi voltar caminhando devido ao receio de prolongar minha lesão. Quando estava passando pelo que já foi o clube espanhol, recebo um empurrão e subitamente sinto que minha corrente e pingente (ambos de ouro e de imensurável valor afetivo) foram arrancados. Quando tento identificar o autor, vejo um ladino de lvl 2 correndo (num ritmo de cooper ao meu lado). </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Definitivamente me tornei um cara profundamente racional. Comecei a pensar em algumas possibilidades: </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- O ladrão é menor do que eu. Goza de porte físico semelhante. Trajava uma bermuda preta de malha e uma camisa vermelha. Arma de fogo? Não. Arma branca ou algo parecido? Talvez; </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- Vindo ao meu encontro (sem perceber o que ocorrera) três brutamontes. Poderia alertá-los do ocorrido e pedido ajuda. Mas vivemos numa sociedade egocêntrica (talvez não fizessem nada), provavelmente seriam bem lentos e não conseguiriam nos alcançar e caso o ladrão estivesse armado, me encontrariam fatiado. Fora o agravante da greve dos policiais. Poderia existir comparsas, o que agravaria minha situação; </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- Estou com um tornozelo torcido e provavelmente não conseguiria alcança-lo caso tentasse recuperar meus pertences. Mesmo gozando de saúde perfeita, provavelmente o estimulo dele seria bem maior do que o meu numa corrida ^^ </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">- Fui assaltado de maneira semelhante no carnaval de longos anos atrás. Roubaram uma volta e um pingente de ouro que Dona Liege (mãe) havia me dado. O que foi roubado hoje era presente do meu pai. 7-8 anos de bom uso e com o devido cuidado. Pagou o valor material. Se o "Um anel" teve mais de um dono, por que minha joia preciosa não pode ter também? rs</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Tirando a alusão ao senhor dos anéis, pensei em tudo isso quando o via - do outro lado da rua - em direção ao morro do gato. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Sabia da periculosidade que se encontra Salvador devido à greve da polícia, mas infelizmente essa volta fazia parte do meu corpo e esqueci completamente de tirá-la.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pela primeira vez não tive um sentimento de impotência ou indignação por ter sido roubado. O que isso quer dizer não sei responder-lhes. Naturalização da violência? Conformismo? Resignação? Medo travestido de racionalidade?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Faço parte dessa violência. Antes, de maneira peremptória, acusaria o outro, desferiria diversos impropérios e o colocaria como representação máxima da pútrida estirpe humana. Mas posso refletir um pouco mais e adentrar numa seara sociológica. A violência é condição sine qua non do ser humano, ou encontra-se em contextos permeados de injustiças dos mais variados âmbitos? </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Prontidão, amigos que moram aqui. Mas lembrem-se que o outro de hoje, o rapaz do cooper mencionado acima, é elemento fortemente representativo de nossa sociedade. É uma mensagem imperativa de que muita coisa precisa mudar e nos faz pensar que o "deixai fazer, deixai ir, deixai passar" não condiz com o tipo de conduta necessária a fim de alcançar uma desejosa mudança paradigmática.</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgII3IAaKm81-In2XykjRvU6b5_ublOn0UmPJlY_77TP22BlPatNANGJE6OLCRZXyPi8OLQ4zxECuqV4a0gUqEaaigU6Lc2Z7jaf7qDP_P2Rlj14wY4yQ6ijg4WLZp759I0dlxfqfrWaqPp/s1600/_cartoon_018.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="253" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgII3IAaKm81-In2XykjRvU6b5_ublOn0UmPJlY_77TP22BlPatNANGJE6OLCRZXyPi8OLQ4zxECuqV4a0gUqEaaigU6Lc2Z7jaf7qDP_P2Rlj14wY4yQ6ijg4WLZp759I0dlxfqfrWaqPp/s320/_cartoon_018.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
Damon Andradehttp://www.blogger.com/profile/02928579650030777485noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-866131001572773034.post-45728644917426673502011-08-24T10:40:00.000-07:002013-08-11T06:24:13.450-07:00Pater noster<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0in; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-size: 13.5pt; line-height: 150%;">É bem perceptível minha inoperância no blog. Confesso que há uma malemolência dominadora. Toda e qualquer vez que uma epifania me assola, o momento ideal para produção de um blog despreocupado, me esquivo através da busca por uma leitura do universo da Psicologia, me debruço sobre alguma literatura lúdica em geral, algum jogo virtual, ou alguma saída casual para encontrar os estimados amigos. Hoje é um dia deveras especial e não poderia perpetrar na procrastinação. O hoje é deveras relevante e merece uma honrosa menção!<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0in; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-size: 13.5pt; line-height: 150%;">No dia 24 de Agosto de 1954, na região interiorana do sudoeste baiano (Itororó), nascia o terceiro filho de uma família tradicional e bastante rigorosa. Moisés Araujo de Andrade Filho. Criado sobre um rigoroso (e contestável) método. Uma pessoa inquieta, irascível, impulsiva. Tais características lhe rendiam boas surras, normalmente distribuídas de maneira impetuosa pela minha finada vozinha, Gildete. Uma criação que, se não faltou amor, esse era tão velado que tornava-se difícil pensar em outra coisa que não uma frieza advinda de uma tradição na arte do cuidar (bisavôs). Uma manifesta representação do "quefazer" dominante. Fazia perversidade com os pobres animais e chegou a chefiar uma "gangue" (entenda de maneira muito mais amena se comparar com as organizações criminosas das sociedades hodiernas) devido ao caráter dominador, sarcástico, caustico...<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0in; text-align: justify;">
<span style="color: black;"><span style="font-size: medium;"><span style="line-height: 150%;">Não me prolongarei no período de sua infância e inicio da adolescência. Esse relevante e necessário processo de transição sabe-se lá como e de que forma, lhe transformou num homem integro, altruísta e empático. Uma pessoa que repreendeu, por diversas vezes, ao flagrar seu filhote (esse que vos escreve) perpetrar as mesmas crueldades com os animaizinhos que fizera em </span><span style="line-height: 27px;">décadas</span><span style="line-height: 150%;"> pregressas. Um homem que é surpreendentemente calmo e que tem, dentre as suas melhores virtudes, o bom humor, o sarcasmo, o otimismo e a proatividade como marcas indeléveis. <o:p></o:p></span></span></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0in; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-size: 13.5pt; line-height: 150%;">Sua incapacidade de externalizar seus sentimentos de estima para com seus entes queridos é absurdamente compensada através de um canal representativo: suas ações. Cansei de vê-lo, quando minhas férias findavam, pegar – literalmente – todas as coisas da dispensa da casa (e da geladeira!) e colocar dentro de um, dois, ou três isopores. Ou, percebendo que não tenho onde colocar meus livros, mandar fazer uma estante (“Essa madeira é nobre e não apodrecerá nunca!”). São tantos exemplos que poderia ficar muitas horas ilustrando. Um homem de poucas palavras e muitos gestos. Prefiro suas atitudes e gestos à uma verborragia sofista que mascara o descaso, o distanciamento, o egoismo. <o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0in; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-size: 13.5pt; line-height: 150%;">Sinto-me fortemente impelido a expor nesse blog (que se tornou uma ínfima representação de meus sentimentos e desejos) o quanto eu o amo e respeito. É só uma forma de corroborar o que já havia feito contigo minutos antes no telefone. Uma singela homenagem ao “meu pai preferido!”. Eu o amo, o reverencio e agradeço a tudo que fez, que faz e que ainda fará por mim! <o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<b><span class="Apple-style-span" style="font-size: 18px; line-height: 27px;">Feliz Aniversário!</span> </b><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZkPGBgDPO2W-jeskDrVGoHiku_WLMt9JrmVQezPdvBEqQ6m3JHa1Z6a__llKQUXamy-lSz5PAQVKcig-Y5WBLE6qO_q08pP3mxucR_cNuxWGyk8xGA-H4c16GSR7cQ5yz-bW1NP_AYxbC/s1600/pai+e+damon.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZkPGBgDPO2W-jeskDrVGoHiku_WLMt9JrmVQezPdvBEqQ6m3JHa1Z6a__llKQUXamy-lSz5PAQVKcig-Y5WBLE6qO_q08pP3mxucR_cNuxWGyk8xGA-H4c16GSR7cQ5yz-bW1NP_AYxbC/s320/pai+e+damon.jpg" width="240" /></a></div>
<br />Damon Andradehttp://www.blogger.com/profile/02928579650030777485noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-866131001572773034.post-8796120969376110442011-07-04T08:09:00.000-07:002011-07-27T07:29:25.927-07:00Acaso, ocaso...<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 17px;"></span></span></div><div class="MsoNormal" style="font-weight: bold; line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b><span style="color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Palavras-chave desse tortuoso período não necessariamente nessa ordem: angustia, medo, desespero, resignação, força de vontade, perseverança, fé, otimismo, fatalismo, luto; </span></b><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-weight: bold; line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="font-weight: bold; line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Considero o semestre retrasado (Agosto a Dezembro de 2010), indubitavelmente, como o período mais adverso, mais complicado e de maior sofrimento psíquico de minha breve vida. Começarei a sessão lamúria lembrando que passei dois tortuosos meses sem geladeira <i>(uma frost free da BRASTEMP – é importante lembrar o nome dessa empresa sem amor no coração)</i> nova que deu defeito. 60 dias me alimentando de miojos, pães secos e sucos quentes... </span><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Depois uma arma direcionada à minha cabeça e um pedido ríspido de "saia do carro" me destituíram de carteira com cartão de crédito (cartão que tinha acabado de desbloquear pois tinha sido vítima de fraude eletrônica e meu antigo cartão tinha sido cancelado), celular (1 mês de uso e lá se vai o processo de adaptação com a tecnologia touch screen), um par de tênis que estava no fundo do carro, uma lasanha congelada (presente de uma irmã solidária com minha falta de geladeira), 2 pendrivers cheios de músicas selecionadas num laborioso processo que me demandou grande energia vital e tempo empregados, um carro que tinha 2 meses de comprado e tanque cheio , nem preciso salientar que tinha acabado de abastecer, né? Provavelmente o ladrão regozijou e deve se recordar cotidianamente, uma doce lembrança do dia em que roubou o carro do trouxa que vos escreve. </span><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Todas essas coisas me geraram grandes transtornos. Mas tudo isso se tornou banal, frívolo demais para o que sucederia...</span><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Estava eu, apossado de uma nova geladeira, pensando que – finalmente – a maré ruim passara e agora as coisas melhorariam. Depois de cerca de um mês que meu carro foi roubado, consegui receber o dinheiro do seguro e comprei um outro. Antes de pegá-lo, passei na seguradora, nada de riscos!</span><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Ainda na seguradora, recebo a ligação da mãe de um dos meus melhores amigos me dando a preocupante notícia de que ele passou mal no ônibus (estava vindo pra Salvador fazer uma prova de concurso e ficaria comigo nesse período) a ponto de não poder prosseguir. O motorista o deixou no hospital de uma cidadezinha interiorana. Entrei em contato com a assistente social do hospital e ela me informou que tiveram de transferi-lo as pressas para o hospital da UNIMED em Feira de Santana devido a necessidade de fazer exames mais complexos. Terminei de fazer o seguro do carro, peguei o bendito automóvel, ainda sem placa, deixei em casa e parti dirigindo o carro de uma estimada amiga e prima do enfermo. </span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Qualquer tentativa de exposição textual jamais representará os diversos elementos que compõe essa dramática história, um embate ferrenho entre a morte e a vida. Soa dramático não? Muito mais doloroso é ver uma pessoa tão amada e benquista internada por 130 dias num hospital, sendo que ela passou mais de 30 dias na UTI deparando-se com a morte (uma pessoa com o mesmo quadro clínico dele morreu na UTI, no leito ao seu lado). Se nenhum exercício de empatia jamais me aproximaria do que ele sentiu, asseguro-lhes que senti e vivi o luto pela primeira vez na minha vida. Uma "médica" (sim! É uma ironia por acreditar que uma sujeita dessas jamais poderia exercer tal ocupação nessa profissão) informou que "ele não passará dessa noite". Frase mágica para me deixar estatelado num lúgubre canto do apartamento. </span><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">O melhor de tudo é que ele se recuperou (um milagre não foi médica estúpida e insensível?! E com uma bola de cristal quebrada..). Ontem mesmo estávamos na rua conversando, ouvindo Deep Purple, dando risada e passeando pelas ruas de Itapetinga. Hoje vi um email dele fazendo uma análise crítica acerca do pífio desempenho da seleção brasileira diante a seleção venezuelana (o que foi aquilo?!?!). </span><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Durante todo esse período tortuoso eu tive pessoas amadas ao meu lado. Amigos fantásticos que me ajudaram, me ampararam e me deram aquela energia necessária para continuar persistindo de maneira dignamente salutar. Conheci novas pessoas que foram igualmente relevantes. O meu profundo sentimento de gratidão! </span><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">As coisas ruins aconteceram e minaram minha autoconfiança e felicidade. Tornei-me rabugento e praguejava aos quatro ventos. Quando percebi que minhas lamurias temperadas de diversos impropérios (até a utilização de neologismos!) não estavam surtindo o menor efeito, comecei a rir ^^ comecei a pensar que, cedo ou tarde, as coisas mudariam. Que voltaria a minha vidinha pacata e quase sem problemas! Seria bom quando a maré virasse que estivesse preparado para perceber. Foi isso que fiz e foi isso que aconteceu. </span><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="color: black; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">E pude ter, finalmente, uma boa noite de sono! Mesmo que seja num eventozinho com os amigos! ^^ </span><span style="color: black; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; font-weight: bold; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="font-weight: bold; line-height: 150%; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div><br />
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Calibri, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 17px;"><br />
</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Calibri, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 17px;"><br />
</span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwp172h5rlFkOoFh4535f0k-IEk3eONreUbeDuQs59qhXum9dC_PKjsEsRbNyqwJ_qxIIItBBdDYyzmgR7qXqNjZpyVUgFnI_TNU5fJ8xYclu-VRpCu9U2jMdQ4OsYs6Vbxn2WT_-kph2x/s1600/271120101460.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwp172h5rlFkOoFh4535f0k-IEk3eONreUbeDuQs59qhXum9dC_PKjsEsRbNyqwJ_qxIIItBBdDYyzmgR7qXqNjZpyVUgFnI_TNU5fJ8xYclu-VRpCu9U2jMdQ4OsYs6Vbxn2WT_-kph2x/s320/271120101460.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Calibri, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 15px; line-height: 17px;"><br />
</span></span></div>Damon Andradehttp://www.blogger.com/profile/02928579650030777485noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-866131001572773034.post-2001434842545273192011-04-29T08:52:00.001-07:002011-07-05T12:38:02.659-07:00Memórias<span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"><i>15 de Março de 2010,</i></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"><i><br />
</i></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"><i>Talvez você nunca leia esse email, talvez - em algum momento - leremos juntos. Talvez fique apenas como uma lembrança de uma época maravilhosa de minha vida. </i></span></div><div style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"><div style="text-align: justify;"><i><br />
</i></div></div><div style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"><div style="text-align: justify;"><i>Estou sentindo meu corpo pesado e vazio ao mesmo tempo. Sinto medo e um leve desespero ao constatar uma real possibilidade de não ser você a mulher de meus filhos. Ainda bem que sempre resisti as projeções utópicas de casamento e uma vida feliz ao seu lado. O mais normal é acontecer o termino, é uma triste realidade estatística. Será que eu consigo me tornar assexuado por um tempo? Não estou disposto a passar por todos os rituais de um namoro novamente. </i></div></div><div style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"><div style="text-align: justify;"><i><br />
</i></div></div><div style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"><div style="text-align: justify;"><i>Tentarei sublimar, ou seja, canalizar meus impulsos sexuais em atividades intelectuais ^^. Bom, são exatamente 00:00, estou cansado... vou dormir! Mas antes, gostaria de agradecer o quão maravilhosa você foi ao longo de nosso namoro. Fico feliz ao saber que posso dormir tranquilamente sabendo que dei o melhor de mim em prol de nosso relacionamento. E tivemos um namoro quase perfeito. Espero ansioso para poder converter o amor que sinto por ti, em outro tipo de amor, que permita uma amizade entre nós, pois é uma das pessoas mais importantes de minha vida. Espero sempre ama-la! </i></div></div><div style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"><i><br />
</i></div><div style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"><i>Bons sonhos!</i></div><div style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"><i><br />
</i></div><div style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"><i>--<br />
Damon Andrade.</i></div><div style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">================================</div><div style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"><br />
</div><div style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"><div style="text-align: justify;">Este blog foi criado no dia 11 de Março de 2011 e essa é minha primeira publicação. Esperei algo que me mobilizasse a ponto de inaugurar esse espaço. </div></div><div style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div></div><div style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"><div style="text-align: justify;">Ontem estava procurando alguns emails e acabei me deparando com esse (citado acima), enviado para mim mesmo. O título da publicação é o mesmo dado pelo email. Uma boa forma de suscitar reflexões relevantes acerca das relações humanas. Muita coisa mudou desde então, mas o desejo romântico de algum dia encontrar a "mãe de meus filhos" continua. É, também, uma singela homenagem a pessoa que me suportou por mais de 4 anos.</div></div><div style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div></div><div style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"><div style="text-align: justify;">O intuito primordial desse espaço é uma conversa comigo mesmo. Mas, caso alguém se identifique com algo que será proferido, sinta-se confortabilíssimo para comentar, introjetar, ou o que quer que seja!</div></div><div style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div></div><div style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"><div style="text-align: justify;">De qualquer forma compartilharei uma característica de minhas postagens. Como uma imagem muitas vezes vale mais do que mil palavras, normalmente terminarei minhas postagens com uma imagem que simbolizará meu estado de espírito no momento da produção, ou por ter me mobilizado de maneira não tão clara, instinto. </div></div><div style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjn1n2n1bHKvrVIxkVkftMU9DfVBs3VYb6-e0mTohrHZ_s0iByArmXHeW9dyszEazT1hBDRJNScsl5Fk5K9tPgDbFXRreFVeZvkky7BMrS5kTWXv1Hc8nQ7F2RHdEsPo3eZKvJoFclnEfwt/s1600/horizonte.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjn1n2n1bHKvrVIxkVkftMU9DfVBs3VYb6-e0mTohrHZ_s0iByArmXHeW9dyszEazT1hBDRJNScsl5Fk5K9tPgDbFXRreFVeZvkky7BMrS5kTWXv1Hc8nQ7F2RHdEsPo3eZKvJoFclnEfwt/s320/horizonte.jpg" width="320" /></a></div><div style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"><br />
</div><div style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"><br />
</div><div style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"><br />
</div><div style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"><br />
</div><div style="border-collapse: collapse; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"><br />
<br />
</div>Damon Andradehttp://www.blogger.com/profile/02928579650030777485noreply@blogger.com1